Por Mayara Francine
Nossa homenageada é a querida trabalhadora da casa, Damaris Muniz Rodrigues Valente, que há 20 anos dedica-se muito amorosamente as tarefas no Ceap.
Mãe de duas filhas, avó de quatro meninas (uma falecida) e bisavó de um bisneto, Damaris conta que conheceu a Doutrina Espírita em 2020, ano em que seu esposo desencarnou. Antes disso, ela frequentou a igreja católica e a evangélica, mas não se sentia à vontade com as regras e rigores impostos. “Durante a infância e juventude fui católica, mas, aos 13 anos, me afastei da religião. Casei-me, criei minhas filhas e vivi dedicando-me somente a casa e a família durante 27 anos de minha vida. Quando meu esposo partiu para o plano espiritual, entrei em depressão e voltei-me a Deus, então conheci o espiritismo”.
A convite da filha, Damaris foi assistir uma palestra no Ceap e gostou. Aos poucos, ela foi se envolvendo em outras tarefas de auxílio. “Como sempre me via presente nas preleções, dona Alzira convidou-se para ajudar na casa: primeiramente, nas vibrações, depois, nos trabalhos mediúnicos e, em seguida, na assistência social. Porém, apesar do amor e compromisso que depositava em cada atividade, eu sentia que ainda não era aquele o meu trabalho no Centro”, relembra.
Damaris conta que surgiu então a oportunidade de ajudar na secretaria, auxiliando a bibliotecária nas atividades administrativas e, foi então que percebeu que aquela era a melhor tarefa que poderia desempenhar. “Antes de mim, passaram oito pessoas pelo setor, mas eu acredito que cada um tem o trabalho certo e a espiritualidade sempre nos mostra isso”.
A secretária é voluntária na casa as segundas, quartas, sextas-feiras e sábados, das 16h até as 21h e a rotina é bastante variada: “aqui faço toda a parte administrativa e da biblioteca, escolho e disponho os livros na estante, sempre por ordem de assunto, recebo os donativos e presto a contabilidade. Além disso, verifico se as salas estão limpas, coloco água nas jarras e atendo as pessoas que aqui chegam, ajudando em tudo mais o que for necessário”, destaca.
A parte da biblioteca é uma das preferidas de Damaris que escolhe com muito carinho todos os livros que serão expostos na Casa. Ela enfatiza: “eu adoro os livros e meu trabalho permite estar sempre em contato com eles. Sempre leio as sinopses e estou sempre disposta a tirar dúvidas ou indicar alguma obra para aqueles que me perguntam”.
Damaris conta que ao longo desses 20 anos de trabalho voluntário ela nunca faltou. “O Ceap é, hoje, como uma extensão da minha casa e em todos esse tempo fiz muitos amigos e nunca tive problemas com ninguém. Acredito que as pessoas sentem quando estamos interessadas e fazemos nossa tarefa com amor. Adoro conversar com as pessoas e é muito gratificante poder tocar o coração daqueles que cruzam meu caminho”, finaliza.
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