Kardec, o sublime jardineiro das flores espirituais!

Publicado por . Em: Grandes Vultos

Por Elcio de Lima Rodrigues

 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. (João 14:16)

Essa frase do Evangelho desperta em nossa mente a imagem do mestre Jesus lançando no solo da vida as sementes das quais surgiriam, na Paris do século XIX, as flores abençoadas da Doutrina Espírita. Tais sementes eram de longa germinação e necessitou da ajuda do tempo para desabotoar as flores da imortalidade. Kardec foi o escolhido pela Espiritualidade para ser o jardineiro das luzes!

Jesus nos prometeu a vinda do Consolador e nos planos divinos, a Doutrina Espírita já era uma realidade e seu período de gestação envolveu muitos séculos. Foi preciso, entretanto, apenas o fortalecimento espiritual dos homens para compreenderem algo tão profundo. Com a publicação do Livro dos Espíritos, no dia 18 de abril de 1857, o espiritismo foi consolidado. Essa data é considerada, por nós espíritas, como o nascimento da Doutrina Espirita.

Quando eu era jovem e ouvia a frase “A Doutrina Espírita é o Consolador Prometido”, ficava com a sensação que tal afirmativa era um tanto presunçosa por parte dos espíritas. Foi necessário muito estudo para entender que o Espiritismo é o néctar dos frutos consoladores da espiritualidade. 

A Doutrina Espírita é consoladora porque ao “perder” um ente querido, encontramos em seus ensinamentos a verdade de que as separações são apenas temporárias.

A Doutrina Espírita é consoladora porque compreendemos a justiça do sofrimento.

A Doutrina Espírita é consoladora porque sabemos que os erros de hoje poderão ser reparados no futuro. Nossos sonhos não realizados nesta vida poderão ressurgir no amanhã.

A Doutrina Espírita é consoladora porque enxuga as lágrimas de uma mãe cujo filho mergulhou a cabeça nas trevas do crime, mostrando que voltamos para refazer o próprio caminho.

A Doutrina Espírita é consoladora porque ensina ao enfermo que a doença do corpo conduz à saúde da alma.

Com suas mãos, Kardec colheu as flores da codificação, pois, somente um espírito que trazia a luz nos próprios passos, poderia ser o intérprete do Espírito da Verdade.

Hoje beijamos essas mãos abençoadas! Mãos calejadas pelos inúmeros momentos de incompreensão e ingratidão.

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