Por Roseli de Souza Lima
No Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec fala sobre a mediunidade gratuita. “Os médiuns modernos – porque os apóstolos também tinham mediunidade – igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos espíritos para a instrução dos homens, para mostrar-lhes o caminho do bem e conduzi-los à fé e não para vender-lhes palavras que não lhes pertencem, porque não são o produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal.
Deus quer que sua verdade alcance a todos, de modo que ninguém seja deserdado. Assim, os desfavorecidos não poderão dizer: “eu não tenho fé porque não pude pagá-la; não tive a consolação de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição daqueles que choro, porque sou pobre”.
Partindo desse entendimento, eis porque a mediunidade não é um privilégio e se encontra por toda parte. Pagar por isso é desviá-la de sua finalidade providencial.
Felizes e abençoados nossos irmãos que trabalham na Seara divina, atuando como mediadores entre os dois mundos em favor ao próximo, dedicando-se como voluntários em ajudar, apoiar, consolar e confortar a quem os procura.
Exemplo de voluntário, na verdadeira expressão da palavra, é nosso querido Chico Xavier que, no dia a dia, por mais de 70 anos dedicou -se ao próximo sem cobrar nada em troca.