Por Roseli de Souza Lima
Jesus Cristo, quando às margens da Galileia, chamou os pescadores Simão Pedro Barjonas e seu irmão André; João e seu irmão Tiago; e os dois filhos de Zebedeu, todos para participar de uma jornada que jamais terminaria: atuar como voluntários na divulgação da verdadeira fé. Um trabalho com começo sem fim, horas, dias e anos. Todos aceitaram o convite gratuitamente e lucraram muito mais do que podiam imaginar.
Quando decidimos atuar como voluntários, estendendo as mãos ao nosso semelhante, estamos tomando um ato de coragem, de generosidade e também de enfrentamento de nossa própria fraqueza.
Ao assumir um compromisso como voluntário, nos comprometemos em doar nosso tempo e nosso talento sem esperar nada em troca. Assumimos também o risco de, ao prestar solidariedade a alguém, nos defrontarmos com situações que nos fazem refletir e, até nos questionarmos, sobre o olhar que temos para a nossa vida, nossos problemas, nossas conquistas e nossas realizações.
Estendermos as mãos ao próximo é um ato que exige coragem, ou seja, disposição em se comprometer, em doar seu tempo ou seu talento. Exige também generosidade, que também pode ser entendida como a genuína solidariedade, ou seja, aquela que não espera nada em troca.
Para uma atuação satisfatória é preciso que enfrentemos nossas próprias fraquezas, pois podemos nos deparar com situações paralisantes, caindo na armadilha de colocar a nossa “visão” acima da essência do trabalho do Evangelho.
Atuando como voluntário, nem sempre percebemos que ao atender o outro nós somos mais beneficiados do que aqueles a quem julgamos beneficiar. Muitas vezes, curamos nossas próprias feridas e superamos nossas limitações.
Emmanuel, no livro “Pronto Socorro” recomenda: “Não te esqueças do tempo e auxilia agora”. Por isso, meus amigos, convido a todos a realizar seu compromisso com o próximo, por menos significante que te pareça, pois que esta será a base para grandes realizações futuras.
No dia cinco de dezembro é comemorado o Dia Mundial do Voluntariado e queremos aproveitar esse espaço para agradecer a todos que já passaram pelo Ceap para doar um pouquinho de si para o próximo. Ao longo desses 108 anos de atuação na caridade, incontáveis são os trabalhadores e os assistidos que fizeram a diferença nas vidas dos que tocaram.
Junte-se a nós nessa corrente de amor e sinta a transformação interior que esse trabalho dignificante representará na sua vida!