Paracelso – Theophrastus Bombastus von Hohenheim

Publicado por . Em: Grandes Vultos

Por Márcio Nicolai

1493 – 1541

Precursor de idéias sobre perispírito e homeopatia.

Theophrastus Bombastus Von Hohenheim era o verdadeiro nome desse médico suíço que, inspirado no grande médico romano “Celsus”, resolveu modificar o próprio nome. Nasceu em Einsiedelm (Suiça) no ano de 1493 e faleceu em Salzburg (Áustria), em 24 de setembro de 1541.

Seus pais, médicos, o iniciaram na arte de curar. Seu curso de Medicina seguiu por um caminho tortuoso e cheio de barreiras. Durante algum tempo estudou na Universidade de Basiléia, quando iniciou uma série de viagens que duraram mais de 20 anos. Foi assim que conseguiu adquirir conhecimentos extracurriculares necessários para atingir sua meta: inovar a Medicina Acadêmica.

Paracelso estudou alquimia e ciências herméticas com J. Trithemius, o abade de Sponhein. Supõe-se que ele também teve aulas com os alquimistas Salomon Trismosin e Basil Valentine. Paracelso, porém, divergiu de seus mestres, pois dizia que a finalidade da alquimia não era a obtenção de ouro e sim descobrir medicamentos para a terapia de doenças.

Com esse ideal, impulsionou a alquimia para a química, especializando-a na farmacologia. Sabe-se que com sua própria farmacopéia, estabeleceu as bases da Homeopatia.

Descobriu o elemento químico zinco.

Por volta de 1526, senhor de larga experiência, voltou à Basiléia para lecionar. Entretanto, suas idéias inovadoras não eram bem aceitas no meio universitário acadêmico. Por não concordar com a Medicina vigente, queimou em praça pública as teses de Galeno e de Avicena. Também insistia em dar conferências em alemão e não em latim, como era solicitado pelos seus colegas.

Com essas atitudes, ele se viu obrigado a abandonar a Universidade e voltou a perambular pelos países da Europa à procura de conhecimentos e doação de trabalho.

Paracelso teria sido influenciado pelo neoplatonismo. É sabido que as idéias derivadas de Platão levantam hipóteses predecessoras dos princípios espíritas.

O sábio do século XVI era de opinião de que o saber não é só uma contemplação, mas o domínio sobre as forças “mágicas” e o conhecimento para dirigir o princípio vital.

Paracelso chamou de “arqueu” a força geradora universal. Outras obras se referem ao “Alkaest”, designação de Paracelso para fluido vital. Ele admitia que o “arqueu” faria a combinação dos elementos da matéria, preservando a vida; uma falha no “arqueu” levaria às doenças. Não seria o pensamento atual sobre fluido vital, perispírito, corpo e suas relações com as patologias orgânicas? Não seria com o tratamento agindo no “arqueu” que a Homeopatia funcionaria em pacientes?

O grande médico suíço considerava que o macrocosmo e o microcosmo estariam subordinados às leis da afinidade universal.

Paracelso foi o primeiro a escrever sobre o magnetismo.

Muitas autoridades imaginam Paracelso como um membro ou chefe da Fraternidade Rosa-Cruz. Sem dúvida ele foi um místico que muito colaborou com a Medicina e, em determinados momentos, nota-se que suas idéias eram vinculadas com a ciência do espírito. Isso é tão patente que o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung resolveu estudar suas obras.

Fonte:

http://www.acasadoespiritismo.com.br/ (Antonio Cesar e Osvaldo)

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