A Dracma Perdida

Publicado por . Em: Parábolas

“Ou que mulher há que, tendo dez dracmas, e, perdendo uma, não acenda a candeia e não varra a casa, e não a busque com muito empenho, até que a ache? E que, depois de a achar, não convoque as suas amigas e vizinhas, para lhes dizer: ‘Congratulai-vos comigo, porque achei a dracma que tinha perdido’? Assim vos digo eu, que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um pecador que faz penitência”. (Lucas, XV, 8-10).

Por Roberto Cidade

Trazemos em nosso espírito, o resultado de todas as nossas experiências em vidas anteriores, com erros, acertos e consequências. Estas são nossas dracmas, o tesouro que está “onde o ladrão não rouba e a traça não come”.

Nossas virtudes são, em verdade, os únicos itens que realmente nos pertencem. Porém, em muitas situações, descuidamos desses tesouros. E, em muitos momentos, perdemos nosso verdadeiro tesouro: nossa fé!

Nossa serenidade é dracma que se perde nas menores contrariedades da vida social.

Nossa saúde é dracma que se perde pelos maus hábitos alimentares e pelo desnecessário consumo de substâncias inapropriadas.

A harmonia no lar é dracma que se perde na falta de paciência e na língua solta.

Os que não creem que há uma inteligência maior orientando o universo e amparando nossa existência não enxergam o amanhã como dádiva, mas sim como mais um ciclo de martírio. Desta forma, somos levados a refletir em quantos sucumbem no extermínio da própria existência, pelo suicídio ou pelo isolamento evitando o convívio com os semelhantes, pela falta de fé?

Imaginemos nós, que ainda temos fé menor que um grão de mostarda e, no momento de enfrentar as grandes atribulações que nos competem, com certeza, fracassaremos!

Jesus nos reforça a Fé demonstrando a preocupação e a alegria da Providência Divina em amparar e orientar os irmãos menores e aqueles que nos precederam na senda luminosa estão sempre a nos mostrar o melhor caminho.

Perseveremos na Fé, para que nossa existência seja mais amorosa e caridosa, aquela que jamais discrimina e separa, mas antes se volta para o bem comum de todas as criações e criaturas.

Celebremos com muito amor e gratidão o nascimento do Mestre entre nós. Sigamos seu exemplo e seus ensinamentos. Estaremos assim, retribuindo ao Alto os momentos de verdadeira felicidade que nos propiciaram.

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