UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA…

O Centro Antonio de Pádua foi fundado em 13 de junho de 1911 por um grupo de amigos mogianos. Os objetivos eram a assistência espiritual e material dirigida a todas as pessoas necessitadas, difundindo e praticando a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, segundo a moral cristã, contida também no evangelho de Jesus Cristo.

A inauguração oficial do Ceap, após a construção de prédio próprio, aprovação dos estatutos e registros legais, procedeu-se a inauguração do edifício no dia 13 de junho de 1913.

Com sede localizada na rua Senador Dantas, 234, região central de Mogi das Cruzes, a assistência era prestada por meio de trabalhos doutrinários e mediúnicos e também pela distribuição de alimentos e enxovais de bebês para os necessitados.

Fundadores do Ceap

Francisco Vichau
Joaquim Benedito Dias
Guilherme Boucalt
Aleixo Custódio da Silva e Costa
Antenor de Oliveira Leite
José de Souza Franco
Manuel Antonio Pinto de Almeida
Antonio Dias Ferreira de Freitas

Casa e Maternidade da Mãe Pobre

Desde a fundação do Ceap no início do século, a assistência materno-infantil sempre esteve entre os norteadores da assistência social. O prédio que abrigou os primeiros anos do Ceap era composto por um salão e uma portaria e, nos fundos, havia um quintal com uma pequena casa e um galpão, todos espaços eram utilizados para as atividades de assistência.

A demanda pelos serviços sociais cresceu com o passar dos anos, então, a casa vizinha da sede foi adquirida e adaptada para o funcionamento de uma maternidade, conhecida por Maternidade da Mãe Pobre.

Nesse local, toda a assistência era ofertada as mães que não tinham condições gratuitamente. O próprio nome “Mãe Pobre” tinha um grande significado: a finalidade pela qual o hospital havia sido construído, servir as mães carentes.

Tal fato ocorreu na década de 50, tendo como médico responsável pelo hospital o Dr. Osmar Marinho e a primeira parteira Carolina Ribas Tavares, conhecida como dona Lula.

Escola Urbana e Evangelização Espírita

Devido ao crescimento dos trabalhos, houve a necessidade de ampliação do prédio, então, uma segunda casa foi comprada, ao lado da maternidade, localizada na esquina da rua Senador Dantas com a Capitão Paulino Freire. No anexo, colocou-se em prática as escolas urbanas e também ações de evangelização infantil e mocidade.

As duas escolas urbanas que funcionavam no prédio do Ceap foram uma das primeiras da cidade de Mogi das Cruzes e teve como primeiras professoras Clarita Coelho Geraldina Porto e Adahyla Marques de Campos Carneiro.

No local, as crianças recebiam os ensinamentos pedagógicos e também alimentação adequada, composta pelas deliciosas sopas e lanches ofertados pelo Ceap.

A assistência também era estendida para as mães das crianças que precisavam de uma fonte de renda. No galpão da casa, elas participavam, gratuitamente, dos cursos de corte e costura, ministrados pela voluntária Diva Candelária.

As atividades de evangelização também eram outra atividade desenvolvida pelo Centro Espírita Antônio de Pádua. Dedicada aos filhos dos frequentadores do centro, os encontros aconteciam nas manhãs de domingo, como é feito até hoje, e contavam com ensinamentos do Evangelho de Jesus e da Doutrina Espírita.

Naqueles tempos, um dos principais condutores das atividades foi o poeta Inocêncio Candelária, que compôs belas canções de fundo espírita para serem cantadas nas reuniões.

Uma nova etapa na história: o novo prédio

Por volta dos anos 50, o trabalho assistencial no Centro Espírita Antônio de Pádua já era consolidado junto aos cidadãos mogianos e a procura de grande número de pessoas que ali buscam o necessário amparo somente crescia.

As adaptações emergenciais tornaram-se insuficientes e inadequadas, então foi necessário uma grande campanha para construção de um novo prédio que pudesse abrigar a sede do centro, a maternidade e o sonho de implantar uma creche, que pudesse acolher as crianças cujas mães não tinham com quem deixar enquanto trabalhavam.

A pedra fundamental para a construção da grandiosa obra foi lançada em 20 de junho de 1959. Construído integralmente pela doação de recursos, após 12 anos, em 1971, foi oficialmente inaugurado o complexo juntamente com a Creche Fraternidade que deu início às suas atividades.

Voluntários de muita dedicação

Ao longo de mais de um centenário de trabalhos, muitos voluntários passaram pelo Centro Espírita Antonio de Pádua, contribuindo para o progresso dessa casa, da doutrina espírita e da prática da caridade.

Dentre eles, destacamos:

Sr. Rafael Gracia Sierra

Conhecido por ser uma pessoa generosa, que dava de si próprio para ajudar aos outros. Trabalhador assíduo do Ceap, era responsável pelas pregações do Evangelho e passes que ocorriam nas sextas-feiras. Além disso, participava dos samaritanos que iam até as residências das pessoas levar o conforto da doutrina espírita.

Trabalhador assíduo, sr. Rafael vestia-se com seu terno cinzo e ia todos os dias na entidade, mesmo que o clima não ajudasse. Sua dedicação ao Ceap, fez com que fosse eleito presidente da Casa.

Sr. Álvaro de Campos Carneiro

Sua personalidade caridosa e cativante não media esforços em ajudar aos necessitados. Trabalhou com afinco durante as cinco décadas (54 anos) que esteve à frente da Casa, cargo que ocupou até o falecimento em 19 de abril de 1999.

Dirigia as tarefas do salão nas segundas e quartas, nas sextas conduzia as sessões de cura espiritual e nas terças e sábado orientava os grupos de estudo. Nas manhãs de domingo, “seu” Álvaro cuidava da Mocidade Espírita.