Caridade e Amor ao Próximo

Publicado por . Em: Ação Social

Por Roseli de Souza Lima

Livro dos Espíritos, questão 888: Que se deve pensar da esmola?

“Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade que se baseia na lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a existência dos que não podem trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê do acaso e da boa-vontade de alguns”.

Em sua resposta, São Vicente de Paulo destaca:

•          “O que merece reprovação não é a esmola, mas a maneira por que habitualmente é dada. O homem de bem, que compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a mão”.

•          “A verdadeira caridade é sempre bondosa e benévola; está tanto no ato, como na maneira por que é praticada. Duplo valor tem um serviço prestado com delicadeza. Se o for com altivez, pode ser que a necessidade obrigue quem o recebe a aceitá-lo, mas o seu coração pouco se comoverá”.

•          “Lembrai-vos também de que, aos olhos de Deus, a ostentação tira o mérito ao benefício. Disse Jesus: “Ignore a vossa mão esquerda o que a direita der.” Por essa forma, ele vos ensinou a não tisnardes a caridade com o orgulho”.

•          “Deve-se distinguir a esmola, propriamente dita, da beneficência. Nem sempre o mais necessitado é o que pede”.

•          “O temor de uma humilhação detém o verdadeiro pobre, que muita vez sofre sem se queixar. A esse é que o homem verdadeiramente humano sabe ir procurar, sem ostentação. “Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, lei divina, mediante a qual governa Deus os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. A atração é a lei de amor para a matéria inorgânica”.

•          Sede, pois, caridosos, praticando, não só a caridade que vos faz dar friamente o óbolo que tirais do bolso ao que vo-lo ousa pedir, mas a que vos leve ao encontro das misérias ocultas. Sede indulgentes com os defeitos dos vossos semelhantes”.

Ao compartilhar essa questão do “O Livro dos Espíritos” queremos convidá-lo a refletir o quanto é sensível a questão do dar e receber.  A importância de irmos além de doar algo material, de olhar para o outro como alguém da mesma natureza igualitária que a nossa, que tem as mesmas dores e amores, aquele que sonha ou já sonhou, que acredita e/ou que quer acreditar que tudo pode ser diferente, aquele que crê num futuro melhor.

Que cada gesto que acompanha uma doação seja de amor, afeto, carinho e acolhimento. Aquele que recebe, sinta-se agraciado e não constrangido e aquele que doa, sinta-se privilegiado em poder fazer algo por alguém e de certa forma por si próprio. 

Foto: Divulgação da Internet

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