Por Elcio de Lima Rodrigues
No livro “Agenda de Luz”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, tem uma mensagem de Meimei intitulada: “Jesus Espera”, na qual consta, logo no primeiro parágrafo, a seguinte frase:
“Ao pé de cada coração desventurado, Jesus nos espera em silêncio”
Quantas lições Meimei nos oferece em uma simples frase. Basta viajar por meio de suas palavras e elas nos levarão a lugares magníficos do entendimento espiritual.
Podemos criar no prodigioso laboratório da mente, a imagem do Mestre fitando-nos os movimentos com seus olhos de um azul expectante, à espera de uma atitude da nossa parte frente ao necessitado, esperando que sejamos, naquele momento, Suas palavras, Suas mãos e Seu socorro a soerguer o irmão desfalecido na dor.
Jesus não espera que tenhamos o olhar da piedade inoperante, mas sim o da misericórdia que movimenta recursos em favor daquele que necessita. A piedade inoperante é, em breve análise, o dó que, com sua altivez, se coloca acima daquele que suplica socorro. Ele traz o orgulho amalgamado ao amor. O dó nos situa em patamar acima daquele que olha para baixo e exclama: Que dó!
Mas, a misericórdia, ao contrário, se posta ao lado daquele que implora. Se ombreia ao que traz expostas as feridas da alma e faz tudo que for possível para acalmar sua dor.
Outro aspecto dessa mesma lição, quem é o desventurado ao qual Meimei se refere?
Certamente nos vem à mente a clássica figura de Jesus ao lado daquele que se encontra atirado ao chão do sofrimento, tolhido pela miséria absoluta! Mas, certamente o sentido de desventurado, mencionado por Meimei, é mais amplo. Vejamos a definição do vocábulo “desventurado”. Segundo o dicionário Caldas Aulete: “que sofreu ou sofre desventura(s), desdita(s), que teve ou tem má sorte; desditoso; infeliz; miserável; desafortunado”.
Muitos são os motivos que arrastam as pessoas à desventura e as torna infelizes. Infelicidade é a condição decorrente de fatos circunstanciais da vida. Portanto, o desventurado é aquele ou aquela que passa pela dor. E essa dor tanto pode ser em virtude de carência material, enfermidades gravosas, abalos emocionais ou situações espirituais diversas.
A sensibilidade ensina que o desventurado tanto pode ser o anônimo da rua como um ente querido que está tomando café da manhã conosco e esconde espinhos encravados na alma.
Concluindo…
Jesus, Nosso Mestre Inolvidável, espera ao lado daquele que sofre uma atitude de nossa iniciativa caridosa. Pode ser o alimento, o copo com água, o abraço, a palavra confortante, o medicamento ou simplesmente uma prece elevada a Deus com a força da nossa alma.
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